Saturday, November 12, 2016

Runaway Train

Lembram-se quando estava na moda fazerem-se filmes com combóios que tomavam o freio nos dentes e fugiam, carregados de matérias perigosas, até ao estampanço final? Pois é a sensação que me fica ao ler as notícias sobre as eleições americanas. Aqui o combóio são os Democratas, a elite onservadora neoliberal em geral, os Clinton e os fios que os ligam às várias partes do mundo que podem pagar os favores a que eles têm acesso e, como não podia deixar de ser, aqueles meios de comunicação que cairam praticamente em todas as esparrelas que lhes estenderam e que se reconhecem por serem os que mais barulho fazem, tentando perservar o espetáculo. Talvez com o tempo e a memória sobrecarregada do povo o consigam.

XXX

Entretanto, aqui fica o link para uma refrescante análise da situação.

Monday, November 7, 2016

Bon Chic Bon Genre

Está visto. Um jornal ganha fama de ser corajoso e curioso e de levantar lebres que outros preferem deixar a dormir. Sério ou mordaz, independentemente do método é ele que nos aponta as tramóias e os conluios, quem e porquê nos atiça os ódios e nos prega rasteiras, quem se  faz de amigo e quem se faz de inimigo, e por isso mesmo é respeitado tanto dentro como fora das fronteiras regionais.

Está visto. Um jornal assim correrá o risco de ver abundantes precalços espalhados pelo caminho e os seus jornalistas a escrever espalhados por sites e blogs, para se manterem fiéis aos seus princípios. Um jornal assim também se poderá deixar apaixonar pela sua respeitabilidade, mandar os princípios e os ideais dar uma volta pelo saguão e abrir as portas aos vendedores de banha da cobra. Neste caso, um jornal assim passa a ser um jornal de varivaidades, depois de ter comido os próprios fígados ao submeter o seu conteúdo à subtil cosmética da autocensura.Vimos gente que considerávamos séria e de confiança fazer piruetas para tornar enevoado o que salta à vista, que é exatamente o oposto do seu caminho inicialmente traçado.

Também está visto. Os jornais que pouco ou nada se afastam do biberão cosmético das agências e que imitam outros jornais de maior sucesso, enevoando ainda mais as coisas, para parecerem gente fina.

As campanhas para as eleições presidenciais dos Estados Unidos, com o seu rol de golpes baixos e escândalos prontamente abafados, têm sido determinantes no levantar destes cadáveres das suas campas.